Lançado em novembro de 2020, o Pix é uma forma revolucionária de fazer pagamentos. O sistema foi pensado para pessoas físicas e, posteriormente, chegou às pequenas e médias empresas.

Com o tempo, entretanto, ele passou a ser adotado por fintechs e por bancos. Assim, algumas soluções surgiram a partir deste uso, como a possibilidade de parcelar pagamentos feitos através do Pix.

De acordo com Cássia D’Áquino, uma especialista em educação financeira, a ideia do Pix surgiu a partir do Banco Central e conforme a ferramenta fez sucesso, as instituições financeiras perceberam que a adesão era necessária.

A pandemia enquanto impulsionadora do e-commerce

Na opinião de D’Áquino, a pandemia foi uma grande impulsionadora do e-commerce. Embora este tipo de comércio estivesse passando por um crescimento, a sua força foi intensificada devido ao distanciamento social.

Logo, o crescimento dessa forma de comércio tem reflexos diretos nas modalidades de pagamento feitas através da internet. Para além das questões referentes à praticidade, os consumidores podem pensar mais a respeito do preço e das suas opções, além de visitar outros estabelecimentos virtuais.

Desse modo, tem-se mais opções e maior variedade. Para Pedro Noll, que atua como diretor comercial e de marketing da Boleto Flex, quando a empresa foi fundada, ainda no ano de 2019, o Pix não existia o principal foco era parcelar boletos bancários.

Entretanto, conforme o sistema foi implementado, a empresa de Noll passou a oferecer serviços de parcelamento através do Pix, algo que em pouco tempo se tornou o destaque do negócio.

Assim, o diretor de marketing aponta que atualmente 75% das operações da Boleto Flex são feitas através do Pix e apenas 25% corresponde aos boletos. Para ele, a migração dos clientes acabou facilitando a questão da cobertura da entrada de pagamentos e descentralizou os serviços financeiros.

Além disso, Pedro Noll ainda relatou que as novas formas de pagamento fizeram com que a Boleto Flex observasse mudanças quanto ao seu público, algo que ser aplica a outras empresas.

O perfil de usuários do Pix e das novas formas de pagamento

De acordo com Noll, em momentos anteriores a empresa acreditava que o seu público possuía um perfil mais velho e era composto por pessoas acostumadas a carnês. Entretanto, com a implementação do Pix a Boleto Flex acabou descobrindo que, na verdade, 70% dos seus consumidores têm entre 18 e 35 anos de idade.

Além disso, a fintech Pagaleye chegou a fazer um levantamento considerando mais de mil consumidores. Segundo os dados obtidos pela pesquisa, os jovens realmente dominam as transações por Pix, de modo que o recurso é mais usado por pessoas que têm entre 25 e 34 anos de idade.

Vale ressaltar que este levantamento também expôs algumas questões interessantes com relação a renda dos usuários do Pix.

A renda dos usuários do Pix e das novas formas de pagamento

Segundo a pesquisa da Pagaleye, as pessoas que mais usam o Pix como forma de pagamento têm renda média entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, totalizando 28% dos usuários desta ferramenta.

Quando se fala sobre as empresas, é interessante destacar que as pequenas e médias ainda seguem na liderança do uso do serviço. Para este levantamento foram consideras 46 varejistas. As de pequeno porte representavam 35% do total de usuários e as de médio 30%.

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